Na minha infância, quando pensava em um cientista, imaginava um senhor de idade, com cabelos brancos e despenteados, que ficava trancado e isolado no laboratório devido à grande dificuldade de interagir com outras pessoas. Acreditava que todos tinham esse fenótipo. Agora, como coordenador do Laboratório de Neurociências e docente (no Programa de Pós-Graduação em Ciências Biomédicas e nas Residências Multiprofissionais no Hospital Universitário da Universidade Estadual de Ponta Grossa) vejo que estava totalmente errado.
O cientista deve ter habilidades que ultrapassam o conhecimento aprofundado sobre um assunto específico ou ter ideias de experimentos mirabolantes. Os pesquisadores devem ter uma grande rede de contatos e parcerias com outros pesquisadores, alunos de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado. Além disso, para conseguir realizar seus projetos e testar suas hipóteses, pesquisadores precisam conseguir dinheiro para comprar equipamento, reagentes, materiais e outras necessidades do seu laboratório.
Assim, as habilidades de um cientista se comparam a de um administrador de uma empresa. Sendo que o produto a ser entregue pelo cientista é o conhecimento. Então, dentre as habilidades necessárias para um cientista temos:
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